O primeiro debate do Ciclo de Palestras com Prefeituráveis aconteceu conforme previsto, com a presença do ex-prefeito pelo PFL, atual DEM e atualmente no PSDB, Antônio Imbassahy. Com a presença de cerca de 50 pessoas na platéia e com cerca de meia hora de atraso o evento começou sob a direção do lendário comerciante Clarindo da Silva, proprietário do Bar Cantina da Lua e Rei Momo do Carnaval de 2008.A platéia foi composta na maioria por comerciantes do Pelourinho, seguido de moradores, produtores culturais e artistas. Os temas que foram mais abordados foram a segurança pública, os moradores de rua, a circulação de carros, estacionamento, ambulantes e as manifestações culturais. Foram citados ainda questões como a poluição visual no Centro Histórico, moradia e a ausência de um posto de saúde 24 horas na área. Os comerciantes que se queixam do fraco movimento chegaram a pedir isenção de impostos, especificamente IPTU.
O candidato começou sua intervenção discorrendo sobre a História de Salvador exaltando sua importância em frases como “aqui no Pelourinho estamos pisando na História do Brasil” sem deixar, entretanto, de ecoar as reclamações dos comerciantes dizendo “o Pelourinho está parecendo um Velório”, mas como a boca que morde é a mesma que assopra, logo depois ele falou que o governo já mostra sinais de melhora no tratamento dispensado ao Pelourinho e que o São João no Pelô foi uma prova disto.
O candidato, na condição de ex-prefeito da cidade durante 8 anos, falou insistentemente da sua capacidade de gestor sensível e que compreende a cidade e também de suas realizações nas duas gestões e que por essa causa era tratado com cordialidade por integrantes de todos os campos político-ideológicos da Bahia, desde os herdeiros do Carlismo até o governador Jacques Wagner. Uma das poucas propostas específicas que ele expôs foi o desejo de revitalizar a região do Taboão incluindo seu elevador que hoje se encontra em estado de ruína.
O debate prosseguiu com a participação da platéia, momento em que quase todos os presentes da platéia se manifestaram, fazendo perguntas ou apenas saudando o candidato, que era tratado como Prefeito por diversos dos presentes. No momento reservado para as respostas Imbassay falou de alguns projetos da sua gestão considerados importantes para a região do Centro Histórico, mas abandonados pela atual gestão como o Polígono da Identidade e algo semelhante ao Cidade Limpa que ficou famoso na cidade São Paulo. O tempo gasto com a fala de quase todos os presentes no debate não propiciou respostas a todas as questões apresentadas, mas nem parecia necessário, dada a impressão deixada pelo candidato em disposto a agradar gregos e troianos, Carlistas e Petistas. O único personagem da corrida eleitoral soteropolitana que não foi poupado foi o atual prefeito de candidato a reeleição João Henrique que sempre era criticado quando Imbassahy comparava sua gestão com a atual, isso sem citá-lo nominalmente uma única vez.
Os debates prosseguem com a inclusão do candidato Hilton Coelho do PSOL (que Clarindo disse não ter convidado anteriormente por simplesmente desconhecer sua existência), que será no dia 7 de agosto.
Texto: Álvaro Queirós/Menino do Pelô
Foto: Rejane Carneiro/Agência A Tarde
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Os prefeituráveis devem sim ter pautas específicas e claras sobre o Centro Histórico de Salvador. Os antigos modelos de revitalização já não servem e o atual ainda não se firmou. Debates como esse, devem ser estimulados. Quaisquer que sejam as premissas, a comunidade participará ativamente, portanto é preciso trabalhar com ela. Do ponto de vista da população, essas iniciativas propiciam a facilidade em falar com os candidatos, enquanto ainda candidatos, porque, após o pleito, quando aquele candidato vence, se contrapõe e passa a apresentar as desculpas de praxe e a frias atitudes por parte de assessores (“sub do sub”) no trato das reivindicações e, normalmente só tem disposição para tentar verificar o que pode ser feito do acordado só na campanha de reeleição.
ResponderExcluirA peculiaridade da gafe do “Momo” Clarindo Silva, demonstra uma faceta do pleito, quando o inexpressivo Hilton Coelho, democraticamente, propõe sua candidatura pela frente PSOL/PSTU. Mas Clarindo, uma figuraça de Salvador, está perdoado! Quem se lembraria do Hilton?