Da http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff3105201008.htm
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
"Cadê o tabuleiro da baiana do acarajé que ficava aqui?" É a pergunta que José Aldo da Silva, dono do Café Canet, na rua Frei Caneca (região central), mais tem ouvido nas últimas semanas.
A quituteira é a dona Neide Sena Avelino, uma soteropolitana que, diante da concorrência, trocou Salvador por São Paulo dois anos atrás.
Legalizada lá, clandestina aqui, ela não imaginava que algo pior que a saturação dos tabuleiros na Bahia a esperava nas ruas paulistanas.
Era o rapa, que apreendeu o que o tabuleiro da baiana tem. Do primeiro ponto, na rua Herculano de Freitas, ela foi para a Frei Caneca, para tentar despis tar os fiscais.
Da noite para o dia, dona Neide sumiu, deixando a freguesia para trás. E sua história é a mesma das baianas Val, Bá, Gal, Luzia, que tinham tabuleiros nas praças da Sé, da República, Ramos de Azevedo, na avenida Ipiranga, no parque da Água Branca e desapareceram.
Para as baianas, a apreensão dos tabuleiros em São Paulo é "impiedosa" porque:
1) Elas e o acarajé -bolinho de feijão fradinho- são tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio cultural brasileiro.
2) Ao mesmo tempo em que proíbe o acarajé e outras comidas de rua, a prefeitura legaliza o comércio de cachorro-quente nas calçadas.
Com a situação, as baianas tomaram caminhos diversos. Umas voltaram para Salvador, outras passaram a cozinhar para fora, algumas foram parar nas feiras livres.
A situação mobilizou a Abam (Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia), que diz ter ouvido a seguinte resposta da Subprefeitura da Sé: "São Paulo é São Paulo, baiana de
tabuleiro é coisa de Salvador".
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras nega ter sido procurada pela Abam nos últimos dois anos.
Hélia Bispo, a baiana Bá, teve o tabuleiro apreendido na rua Treze de Maio. "É muito humilhante a maneira como nos abordam", diz.
"Fomos mal recebidos na prefeitura. Não quiseram nem nos atender. Se não houver baianas com tabuleiros na rua, não há patrimônio nacional", afirma Rita Santos, presidente da Abam.
QUESTÃO CULTURAL
"As baianas são patrimônio do Brasil, não apenas da Bahia. Não há porque a prefeitura não estabelecer regras razoáveis que possibilitem às baianas vender acarajé", afirma Carlos Amorim, superintendente do Iphan.
Em Salvador, a prefeitura estabeleceu regras de higiene para que o quitute possa ser vendido nas ruas.
O Iphan diz que vai procurar a coordenação das subprefeituras para fazer a mediação com a baianas.
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras afirma que é "descabida a suposição de perseguição contra vendedores de acarajé ou qualquer outro tipo de comércio em São Paulo".
"As subprefeituras seguem a legislação vigente, agindo contra qualquer comércio irregular, incluindo o de alimentos", afirma a secretaria, em nota.
"A legislação sobre comércio de alimentos foi definida segundo o Código Sanitário Municipal e tem o objetivo de resguardar a saúde dos cidadãos", diz."Sanções a comércios irregulares de alimentos são igualmente usadas para qualquer atividade."
O goleiro na cobrança de pênaltis
Há 4 anos
http://blogs.abril.com.br/claudiabaiana
ResponderExcluirCaros amigos, estive no Mais Você, com a ANA MARIA BRAGA no dia 06 de dezembro. Os quitutes estavam crocannnnteeees!!!
Ainda há muito pela frente e sei que a preservação da secular atividade com "comida de
rua" - na França são os crepes - na Cidade do México os Tacos, etc..
é legal e perfeitamente possível, sem comprometer a saúde pública.
Diante de tanto desemprego, o Governo deveria viabilizar, incentivando como micro empresários aqueles que optaram em vender seu pastel ou uma empadinha para complementar o orçamento doméstico.
Entretanto, sem precedentes, o que temos visto é uma crescente perseguição municipal
em todo o Brasil. O que há de ser dos menos favorecidos, se situação fica mais complicada?
Como falei, o problema deveria ser tratado por outro ângulo, e não com repressão.
O BRASIL é enorme. Há lugar para todos! Onde está o SEBRAE, a VIGILÃNCIA SANITÁRIA e o SENAC?
Com certeza, uma parceria séria nestes órgãos, como houve em Salvador recentemente
criando o ACARAJÉ NOTA 10, geraria um aumento de autoestima nesta galera honesta e batalhadora.
Sou grata àqueles que comigo estiveram ao longo desses anos. Foram todos vocês
que, reconhecendo minha labuta com o acarajé, proporcionaram aquele breve momento com a querida Ana Maria Braga.
Um feliz 2011, e PAZ para todos!
Forte AXÉ com BJOS da baiana
ola eu mim chamo paulo e vendo acaraje aqui em sao em diadema mis mim fala se acabao com a cracolandia isso sim faz mal a saude e a sossiedade os ladraos tam vendedo drogas em todos os ou esquina de sp e cade os orgom que cuida e apolicia roudam nos em querquer esquina certo nos so queremos trabalha e leva comiga pra nossos filho ok
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